Nota de Conjuntura de Agosto
Ideias-chave:
i) Indicador Global de Conjuntura com queda anual de 26,0%
ii) Obras Públicas mantém-se num patamar crítico
iii) Reabilitação Urbana necessita de incentivos que estimulem o investimento
Em Agosto, a trajectória do Indicador Global de Conjuntura da AICCOPN, medido pela variação média dos últimos 12 meses, revela uma queda de 26,0%, em resultado da forte contracção sentida ao nível das obras públicas de 40,4%, de uma redução de 18,4%, ao nível do segmento habitacional e de uma redução de 12,7% ao nível do segmento de edifícios não habitacionais.
A situação vivida ao nível do mercado de obras públicas, já por diversas vezes relatada, mantém-se num patamar crítico em resultado do empenhamento do Governo na contenção do défice orçamental e da promessa contínua de lançamento de grandes obras públicas tais como a OTA, o TGV e os Centros Logísticos que tardam a sair do papel. Portugal continua a necessitar de melhores estradas, de investir nos portos, de melhorar a rede ferroviária, de concluir e modernizar as redes de captação e distribuição de águas e de saneamento, de investir no ambiente, de melhores escolas, hospitais e tribunais. No entanto, nos últimos 12 meses o sentimento dos empresários quanto à carteira de encomendas contraiu-se 38,6%, em termos homólogos. Esta situação, provocou uma deterioração acentuada das perspectivas de produção para os próximos 3 meses que passou de -5,4% (saldo de respostas extremas) em Agosto de 2005, para -20,2% (s.r.e.) em Agosto de 2006 e das perspectivas de criação de emprego que diminuíram 11,3 pontos percentuais (p.p.) no espaço de um ano.
No mercado habitacional, cujo indicador global apresenta uma variação média dos últimos 12 meses, de -18,4%, começa a apresentar sinais de alguma melhoria em virtude das perspectivas de produção, preços e de investimento apresentarem subidas de 2,0 p.p., 1,9 p.p. e 1,7 p.p. respectivamente, em termos homólogos. Situação mais crítica verifica-se no nível de actividade, na carteira de encomendas e nas perspectivas de criação de emprego, que mantêm uma trajectória descendente.
Quanto ao mercado da reabilitação urbana, onde em teoria, as oportunidades para investir na reabilitação estão à vista de todos, uma vez que, em Portugal existem cerca de 800 mil casas a necessitar de obras de reparação, está a encolher, como prova a queda homóloga de 6,3% no primeiro semestre do ano e o facto de, nos últimos dois anos, o licenciamento na área da reabilitação habitacional ter caído cerca de 15%. Deste modo, não configurando a nova lei das rendas a alavanca necessária para inverter a tendência dos últimos anos, urge a criação de um sistema de incentivos verdadeiramente capaz de estimular o investimento e recuperar o parque habitacional.
Atualizado em 17/11/2021
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