Conjuntura Março – FEPICOP
A actual crise económica continua a agravar-se a um ritmo extremamente elevado e todos os indicadores económicos habitualmente seguidos para acompanhar a evolução do Sector da Construção revelam uma profunda deterioração da actividade.
Com efeito, e apesar do Sector sofrer um ciclo recessivo há já sete anos consecutivos, a violência na degradação dos números registados nos dois primeiros meses de 2009 consegue surpreender pela negativa. Em Fevereiro, os Índices de Confiança na Construção e de Situação Financeira FEPICOP / UE atingiram mínimos históricos e o número de desempregados oriundos do Sector também registou o valor mais elevado desde o início da série.
Estes números são acompanhados por uma redução, desde Outubro, de 9,4 pontos percentuais no índice FEPICOP da Produção do sector da Construção, e por uma quebra no consumo de cimento de 25% em Janeiro que, segundo as estimativas, se irá prolongar em Fevereiro.
Os problemas que, de acordo com o inquérito mensal da FEPICOP, mais afectam as empresas são os elevados encargos financeiros, reportados por 57,7% dos inquiridos, e os atrasos nos pagamentos do Estado que atingem 45,9% das empresas do Sector, valor particularmente elevado se considerarmos que o somatório do peso dos segmentos de Engenharia Civil e Edifícios Não Residenciais Públicos é de cerca de 50% do total do Sector.
De facto, mesmo nestes dois segmentos, em que a produção ainda apresenta subidas em termos homólogos, a deterioração da situação financeira das empresas revela que as empresas se encontram numa situação particularmente difícil e que são urgentes medidas capazes de reduzir os impactos da crise financeira no Sector.
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