Acelerar Obras Anunciadas é Essencial para o Emprego
A crise com que Portugal, a Europa e boa parte do Mundo estão confrontados é de tal forma grave e profunda que não tem paralelo nas últimas décadas. “O abrandamento económico é generalizado, razão pela qual se exigem medidas urgentes para que, no mais curto espaço de tempo possível, seja possível às várias economias recuperar e voltar a crescer”, salienta Reis Campos, Presidente da AICCOPN.
Enquanto pequena economia, aberta e periférica, muito dependente do exterior, Portugal não pode atrasar-se ainda mais. Pelo que, neste contexto de crise internacional, impõe-se uma estratégia firme e consistente, capaz de dinamizar a economia interna e evitar o colapso de empresas e famílias. Uma estratégia que só pode ser bem sucedida se for suportada no maior empregador do País, “ou seja, o sector da Construção”, tal como refere o líder associativo, acrescentando que “é o que mais rapidamente pode contribuir para a dinamização da economia, pelo que todas as obras necessárias e em especial as que podem arrancar a curto prazo são essenciais, pois vão fomentar o investimento e promover o emprego”.
Todos sabemos que os grandes projectos, como o novo aeroporto de Lisboa ou a alta velocidade ferroviária são fundamentais, mas têm ainda um longo caminho a percorrer antes de poderem estar no terreno. “Não podem ser adiadas”, salienta o Presidente da AICCOPN, mas “há todo um conjunto de outros projectos, de pequena e média dimensão, que são importantes para o País e que podem avançar sem demoras”. É o caso das obras nas escolas já anunciadas pelo Governo, que para além de garantirem, desde já, trabalho para muitas empresas são fundamentais para criar melhores condições de aprendizagem para as nossas crianças e jovens, algo que é essencial para o futuro do País.
Também as obras de instalação de redes de banda larga, as barragens e os demais investimentos no âmbito das energias renováveis, as novas estradas e auto-estradas, bem como um sem número de outras obras que podem e devem ser desenvolvidas ao nível local são um importante contributo para o crescimento do País e um garante da manutenção dos postos de trabalho na construção e, até mesmo, de criação líquida de emprego no sector.
A importância da construção para o emprego é fácil de evidenciar em números. A verdade é que, apesar de uma quebra acumulada na produção que pode superar os 25% nos últimos sete anos, a construção não reduziu os seus postos de trabalho na mesma proporção. Como refere Reis Campos, “se em 2002 o sector empregava 622 mil pessoas, no terceiro trimestre de 2008 aquele número havia caído para 558 mil, o que traduz uma diminuição de cerca de 12%, isto é, menos de metade da queda registada ao nível da produção”.
“O esforço feito pelas empresas é, pois, evidente”. Porém, se foram as expectativas criadas ao sector com as obras que se iam perfilando no horizonte que permitiram manter este nível de emprego, é certo que, se as mesmas não se traduzirem rapidamente em trabalho, muitas daquelas empresas serão obrigadas a reduzir drasticamente o nível de empregados para assim adequarem a sua estrutura às quebras na actividade que vêm suportando.
O número de desempregados oriundos do Sector da Construção continua a aumentar nos Centros de Emprego, atingindo, em Dezembro, cerca de 41 mil, o que traduz um aumento homólogo de 32,4%, bastante acima do verificado para os outros sectores de actividade, 8,2%. Veja-se que, dos 9.766 novos desempregados em Dezembro, 68% são dos sectores da Construção (3.244) e do Imobiliário (3.394).
Para dinamizar a economia e proteger o emprego, a construção precisa de obras. Essa parece ser, também, a estratégia do Governo para o curto prazo. Não há mais tempo a perder. “Estas obras significam desenvolvimento, crescimento económico, mais emprego e mais qualidade de vida para as populações. Não há, por isso, margem para retrocessos e mais adiamentos na execução dos diferentes projectos. É fundamental equacionar o País num horizonte de futuro e, para isso, a construção é indispensável”, conclui Reis Campos.
Atualizado em 17/11/2021
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