Conjuntura FEPICOP – Dezembro
A engenharia civil é, entre todainstalado na economia nacional”, apresentando as quebras de produção mais acentuadas, refere a FEPICOP na sua nota de conjuntura, agora divulgada. E a contracção da produção das obras públicas resulta, segundo a Federação da Construção, da “não adjudicação de empreitadas lançadas a concurso”. Para o efeito, basta atender que, até ao final de Novembro de 2010, o valor real adjudicado estava 41% abaixo do valor apurado nos mesmos 11 meses de 2009, embora o montante das obras promovidas no mesmo período estivesse 21% acima do observado no mesmo período do ano anterior. O impasse na adjudicação de empreitadas prende-se com a retracção do investimento público face à necessidade de consolidação do défice orçamental, o que afecta também, embora com menor intensidade, o segmento de edifícios não residenciais públicos. Também a nível privado, continua a assistir-se a uma quebra do investimento no Sector, bem expressa nos dados divulgados pela Federação da Construção. Assim, no trimestre terminado em Novembro, os índices FEPICOP de produção de edifícios não residenciais privados e de habitação registaram decréscimos homólogos de 16,6% e de 15,3%, respectivamente.
Empresários mais pessimistas
Face a esta conjuntura, não é de admirar o maior pessimismo revelado pelos empresários da Construção, traduzido num agravamento da variação negativa do indicador de confiança, que atingiu, em Novembro “o decréscimo mais acentuado dos últimos cinco anos”, sublinha a FEPICOP, acrescentando que este pessimismo é ainda mais evidente quando comparada a evolução deste indicador (-16,0% no trimestre terminado em Novembro) com a daquele relativo à União Europeia (+4,6% em média no mesmo período) A FEPICOP conclui, na sua análise de conjuntura, que todos os indicadores observados no final de Novembro e representativos da evolução da indústria da Construção indiciavam uma deterioração, reflectindo as graves dificuldades que o Sector atravessa.
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